Por que permitir o aborto de bebês anencéfalos.

Olá queridos leitores! Hoje mostro um texto que fiz em uma aula na faculdade (Direito). Vou explicar que para dar uma opinião desta magnitude é preciso base, e não aceitar por aceitar, ou proibir o aborto simplesmente pela emoção. No texto deveríamos escrever como se fôssemos o juiz, aceitando ou não um pedido de aborto. A mãe estava grávida de um bebê anencéfalo e pedia permissão para o aborto.

Após o pedido do advogado, no texto teríamos que decidir e argumentar o porquê da decisão permitindo ou não o aborto. Anencefalia é um problema quando o feto, grotescamente falando, não tem cérebro, ou parte dele. As chances de um anencéfalo nascer vivo são mínimas, e caso consiga sobreviver viverá como um vegetal, segue o meu texto abaixo. Eu adaptei ele para o blog. São apenas 2 parágrafos, mas era apenas um exercício em sala de aula.

Para a decisão que envolve a vida de um feto, não basta levar em consideração apenas a vida deste, mas também da mãe. O caso não é apenas um feto com mínima chance de sobrevivência, mas que mesmo por um milagre sobreviva, não terá de fato uma "vida". Em uma situação que a criança sobreviva, esta não terá consciência da própria existência. Os direitos de cada pessoa são claros, em um acidente, não sendo possível resgatar todos, se opta por adultos ao invés de crianças pequenas, é visto como perca maior um adulto com vida formada, e uma criança sem família teria menos chances.

O ponto de vista religioso interpreta o valor da vida apenas para o feto, sem levar em consideração a mãe. Que ao sofrer física e psicologicamente, mostra a decisão pelo feto ser anti-ético e anti-moral. Portando, manter o feto em sua mãe será, além de adiar o inevitável, um tanto inumerável de consequências que poderiam ser evitadas. Assim, pela ética, moral, saúde, e direitos, tanto do feto quanto da mãe, deferido [aceito] o pedido para o aborto.