Por todo lugar que passamos, há crianças de rua, e mais, crianças de rua que trabalham, pedem esmolas, são os “homens da casa” podendo assim dizer. O analfabetismo, a pobreza, a violência, é reflexo, as crianças que não têm infância vivem uma infelicidade, deveriam estar na escola, mas aprendem na rua, se alimentam no chão, se mantêm da pura -bondade- das pessoas que estão à volta, e não o bastante é uma tarefa lucrativa para a família destes.
Talvez o maior vilão que pode vir à cabeça no momento, é a bolsa família, criada pelo presidente Lula, quando retirada a bolsa escola, ficou claro, que a condição não era levar as crianças para a escola, mas “ser pobre” como fica exaltado pelo senador Cristovam Buarque, sobre a bolsa família. A bolsa escola como sabemos, tinha a condição das crianças estarem na escola para o benefício, isto fazia aumentar a educação, em consequência, melhoria da cultura, menos crianças nas ruas, menos crianças nos trabalhos escravos das ruas, menos violência, e muitos outros benefícios sociais, que infelizmente perdemos. Hoje, a maiorias das crianças de rua não vão para a escola, e alimentam a violência, perdem a educação e a infância, uma chance de saber os sabores da vida, e quanto maior o número de crianças de rua, maior será os problemas sociais causados por isto.
Quando criada a bolsa família, ela simplesmente virou uma junção das outras bolsas antes existentes, incluindo a bolsa escola, este tipo de benefício causa um mal ainda maior, pois se beneficiado por número de pessoas, visando um lucro maior, as famílias carentes tendem a ter mais filhos, mais trabalhadores de rua “mais dinheiro no bolso” já que não é preciso estar na escola para receberem o benefício, ganham uma bolsa de bom tamanho, e de quebra ainda podem ter os filhos trabalhando para si, ou apenas pedindo esmolas.
Uma criança, quando aos seus cinco anos de idade, já está na escola, que consegue completar o ensino médio, e que consegue entrar numa faculdade, fazer curso técnico, que hoje estão abertos para toda a população, uma pessoa que passa por isto tem a chance de trabalhar honestamente, conseguir emprego, renda, sem precisar da violência para tal, sem precisar do roubo, sem precisar expor filhos para o trabalho nas ruas, sem precisar do benefício de bolsas, tem a chance de saber como é a vida no lado bom, tem a chance de viver num mundo melhor.
Não falando apenas da sociedade em si, pensando nas crianças, pessoas que têm a chance de ter uma infância, e relembram os velhos tempos que não voltam mais, as mais gostosas saudades existentes, sabemos o quão a infância é importante nesta vida, uma felicidade que faz sermos o que somos, mas crianças de rua não têm esta chance, elas trabalham em vez de brincar, lucram em vez de aprender, fazem violência em vez de crescer, se aprofundam na escuridão da sociedade em vez de descobrir um mundo novo, estas crianças não são crianças, são adultos precoces, elas precisam saber o que é ser criança, muito além de alimentar a violência, e os perigos ao redor, elas precisam de uma chance, estas praticamente vivem num mundo sozinhas desde o começo e aprendem valores errados, mesmo que não fizesse diferença impactante para as pessoas em geral, elas também são seres humanos.
O nosso mundo, da violência, da pobreza, das crianças de rua, tem salvação, a educação, se todos pudessem ter qualidade de ensino, ou ao menos ter a chance de estudar, aprender os valores da sociedade, a ética para convivermos sem conflitos, os problemas que temos de enfrentar, sobre violência por exemplo. Os países mais ricos têm a melhor qualidade de ensino, enquanto países pobres têm pior educação, para sair da pobreza precisamos nos concentrar na educação, coisa que fazia sentido na época da bolsa escola, que hoje não faz mais, há esperança, enquanto isto a forma de tentarmos impedir, é as pessoas que têm a chance da educação, e da infância, usarem isto, o problema é que não basta uma ajuda de fora, isto deveria ser enfrentado na origem, um problema que teremos de saber conviver, pois estas crianças hoje, estão como são chamadas na maioria, abandonadas.
sábado, 29 de maio de 2010
2 comentários:
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Esse post foi realmente a melhor coisa que eu li nos últimos dias.
ResponderExcluirServe pra gente tentar ver o lado dessas crianças que não têm oportunidades; eu, particular e infelizmente, pouco tinha pensado sobre.
Continue(m) assim, parabéns.
Obrigado Jefferson, é realmente difícil, e o pior, é que pouco podemos fazer quanto a isto, enquanto quem tem o poder que poderia resolver isto com ideias simples e inteligentes, parece estar preocupado com outras coisas "mais importantes".
ResponderExcluirVolte sempre. :)